oops, i’m not the one with a problem

Visto que muita gente ainda vive com a mente atrasadérrima, com suas definições antigas e ultrapassadas sobre “como ser“, resolvi entrar nessa questão e escrever o meu ponto de vista perante toda essa história. Novamente, pois já havia falado sobre esse assunto ainda naquela época que a coitada da Geyse Arruda foi atacada injustamente por uma “faculdade” inteira. Lembram?

Bom, o meu propósito nesse texto não é falar que você púdico/púdica telespectador está errado. Não, muito pelo contrário, porque se tem algo que eu abomino é censura. Sou totalmente a favor de um indivíduo se expressar da forma que achar melhor. Afinal de contas somos aquilo que queremos ser, moldados pelas crenças que copiamos dos adultos que estavam ao nosso redor na nossa infância.

Não, não estou culpando a mamãe nem o papai, nem ninguém… afinal todos somos vítimas de vítimas. Mas ao crescermos e nos tornarmos adultos temos o direito de mudarmos e aprimorarmos essas crenças, e moldá-las do jeito que for mais conveniente para conosco. Embora muitas pessoas persistam naquele conformismo burro do tipo “Ah eu penso assim e ponto final”. Você já parou para pensar no jeito que você mesmo se trata? Nas palavras que você usa para elogiar ou criticar os outros? Não são as mesmas que você ouvia na sua infância ou em algum momento da sua vida? Pois é, tenho certeza que sim e certeza também de que você concorda comigo até aqui.

Eu não quero me passar por coitadinha e nem nada do gênero, bem pelo contrário, eu sei que sou responsável pelos meus atos e principalmente por meus pensamentos atuais. Tenho consciência também, de que a maneira que eu me visto pode ofender sim muitas pessoas. Mas é aí que entra a grande questão: WHO CARES?

Sério mesmo, porque EU não me importo com qualquer tipo de pensamento ou argumento negativo perante o comprimento da minha saia. Tanto que não mudo meu jeito de vestir para agradar os outros e continuo vivendo minha vida feliz, ao contrário de quem faz disso um grande problema e cria alarde por nada com a vida alheia. Eu não vejo mal algum em sair por aí com 2cm de coxa a mais aparecendo, pelo o meu ponto de vista, coxa não é algo erótico, promíscuo, vulgar ou qualquer coisa do tipo. Aliás, nenhuma parte do meu corpo eu enxergo dessa forma pecaminosa, nenhuma mesmo. Sinto-me confortável na minha própria pele. Eu amo cada partezinha de mim, e não tenho pensamentos púdicos de culpa e etc por nada do que eu faço.

Eu sempre acreditei que a sociedade julgasse uma pessoa de “pirigueti” (NOJO dessa palavra) ou qualquer outro eufemismo do gênero,  quando uma mulher libera geral suas partes genitais para deus e o mundo, ou que sai por aí se fazendo de bêbada e culpando a bebida para ter uma noite de sexo casual ou que se interessa por homens por questões de interesse monetário. Obviamente, que ao meu ver… até mesmo esse tipo de coisa não deveria ser julgada. Afinal de contas, um homem que faz isso não é considerado um, em termos chulos, “garanhão” pela sociedade? Então não entendo também porque o pessoal insiste em recriminar mulheres que gostam de fazer sexo da mesma forma que muitos homens fazem por aí. Cada um sabe o que é melhor para si, e não é você apontando o dedo para essa mulher que ela vai mudar, não mesmo.

Esse exemplo que eu citei é meramente ilustrativo, pq não é o meu caso. Mas vejam bem, só porque eu uso uma roupa curta e tenho um corpo bonito quer dizer que eu só penso em sexo e sou tudo aquilo do parágrafo anterior? Acho que não. Não me venham com sermões ultrapassados de que a sociedade pensa assim e blá, blá, blá. Ora bolas, pensa assim porque quer! A sociedade é nós, e só nós podemos mudá-la, mudando a NOSSA forma de pensar e não a dos outros. Não precisamos ser conformistas e aceitarmos a castração que um macho inseguro pôs em jogo séculos atrás.

E o que me dá mais pena não são homens que pensam assim, e sim mulheres subordinadas pelos machos da espécie, que dão vazão e razão a esse tipo de pensamento, principalmente chamando outras mulheres de piriguetes/vulgares/promíscuas/etc. É triste, pq mais uma vez o pensamento conformista chega em dobro nesse caso. Pq além de alegrar o seu macho (seja ele um padre/pastor/pai/namorado/marido/professor/chefe) ela também utiliza desse argumento quando se sente ameaçada por não poder desfrutar de um corpo bonito e poder exibí-lo por aí assim como quem pode. No meu ponto de vista, isso é falta de merecimento, pq toda mulher é bonita e gostosa sim, só que a maioria nem sabe disso ou foi tão acostumada a achar que o corpo é algo pecaminoso e vive escondida por um monte de tecido, culpa, vergonha e mentiras.

Sem mencionar o pior dos piores tipos, aquelas mulheres recalcadas as quais não querem que tu use roupa curta para que o “todo poderosonamorado delas não olhe para ti. Não se garante com a minha presença? Deal with that. Se eu tivesse um namorado e ele vivesse do lado de mulheres gostosas de biquíni, eu juro que não me importaria. Pois se eu tivesse 0,01% de insegurança em relação a fidelidade dele, acabaria na hora esse relacionamento, eu jamais namoraria alguém que não me valorizasse e me amasse incondicionalmente. O problema não está em vocês cornas, nem em nós “piriguetis” (metaforicamente falando)… está no cara mal acostumado por conviver com mulher pau mandado que aceita tudo em nome do “amor“.

Além de que esse comportamento feminino, só encoraja os homens a nos chamarem mais ainda dessas coisas. Não, não é normal uma mulher ser ofendida devido a roupa que usa, pelo menos para mim nunca foi. Agora se alguém teve uma vida que só foi chamada disso o tempo todo, não as culpo, pois só estão repassando aquilo que vivenciaram e desaprenderam. Mas em contrapartida, minha querida mulher desprovida de raciocínio, se você chamar os outros dessa forma grotesca… não vale reclamar algum dia se te chamarem disso também.

Até aí tudo bem, cada um é livre para pensar o que quiser, pensem que sou pirigueti e vulgar. Não me importo. Mas muitas recalcadas vem até aqui para falar sobre limites, da famosa “linha tênue entre o sexy e o vulgar” (quem dita as regras dessa linha? e quem criou ela? ela existe mesmo?). Alô, hipocrisia?! Vir até aqui me falar de ‘limites‘, não é já quebrar o limite da liberdade de se vestir do jeito que quiser? Ou o limite do bom senso em saber que nem todo mundo pensa igual a ti? Ou até mesmo a barreira da baixaria, pq xingar pessoas e julgar os outros que não pediram tua opinião já é coisa de gentalha, bem baixo nível ainda. Definitivamente muito pior do que uma minissaia.

Gostaria muito de entender o que leva uma pessoa a entrar em um blog chamado “GOT SIN?” (traduzindo seria algo tipo “JÁ PECOU?“) e vir me falar de promiscuidades? Cara, se eu entrar num site chamado SEXOTODODIA, eu vou encontrar coisas relacionadas a sexo, se eu entrar em um outro OPODERDAPALAVRADEDEUS, vou encontrar assuntos religiosos… e assim por diante. Então realmente não entendo o que gente casta, púdica ou santinhas do pau oco vêm fazer num blog de “PECADOS”. Pregar a palavra da verdade? Pq ela é enviada de Deus? HAHAHAHA

Acontece que aqui na Terra, vulgo mundo real, não existe alguém que seja dono da verdade. Eu mesma posso estar errada escrevendo tudo isso, mas eu estou dentro de um espaço que eu mesma criei. Quem não gosta, sinta-se a vontade para clicar no X ali do canto direito da tela e cair fora! Simples assim, não vai mais precisar ver “vulgaridades“. Pq eu quando não gosto de algo, me afasto daquilo. Também não entro em blogs alheios, os quais eu não gosto, e fico criticando. Olha quantos milhões de blogs existem no mundo, para todos os tipos de pessoas e para todos os públicos… não precisa se fixar ao meu se isso não lhe convém, e muito menos dar opinião estúpida sobre o que eu mostro aqui.

Vamos usar um pouco da lógica agora, você sabe o que significa a palavra VULGAR? Segundo o nosso querido amigão sr. Aurélio, significa: 1. relativo ou pertencente ao vulgo 2. reles. E o que é vulgo? 1. o homem comum, o povo. E reles? 1. de má qualidade. Se eu fosse de fato vulgar, então eu não teria que me vestir exatamente como o resto do povo? Má qualidade perante a quem, ao inmetro da inquisição?

Falta mencionar o famoso argumento do “bom senso”. Bom, eu tenho bom senso sim, as roupas que foram julgadas aqui são roupas de festa, não são roupas que eu uso para ir ao trabalho, escola e etc. E mesmo se fossem, pq não poderiam me respeitar por isso? Muda o quê na vida de alguém ver uma pessoa passar do lado com uma saia curta ou com um decote significativo? Sei lá, cada um veste o que quiser. Eu não fico julgando gente brega e mal vestida que passa do meu lado, eu ignoro. Posso até pensar “Bah que feia essa roupa” mas não vou falar na cara da pessoa, a não ser que ela pergunte a minha opinião.

Adoro todos os meus leitores, sinto que a maioria que entra aqui tem a cabeça muito boa e pensa de uma forma parecida com a minha (talvez não tão radical em relação a isso). Para esses, eu tenho alegria de dizer que são muito bem-vindos aqui sempre. Fico muito feliz quando leio o comentário de todas as pessoas que passam por aqui, pq admiro muito a linha de raciocínio dos outros.

Não quero só receber comentários bonitinhos, bem pelo contrário. Adoro as pessoas que dão sugestões construtivas e que me avisam quando estou equivocada. Mas o que percebo, é que um e outro tem a incessante idéia de tentar “corrigir” a maneira que me visto por acharem libidinosa demais. Sinto desapontar esses últimos, mas não importa o que falem, eu não mudo quem eu sou por causa disso. Até me dá um certo incentivo em continuar usando cada vez mais roupa curta, pq instiga em mim uma gana pela liberdade e a constante luta pelos direitos femininos.

Não sou feminista, não quero igualdade entre os sexos. Não quero me vestir que nem homem para merecer respeito. Quero ser quem eu sou, da forma que acho melhor, e mesmo sendo odiada eu exijo ser respeitada.

Gostaria muito de entender o que gente que não gosta de mim vem fazer aqui. Me admirar eu imagino, ou tentar achar algum “podre” pra dizer: “Olha, ela não é tão perfeita quanto eu imaginava! Eba, ganhei o dia!“. What a hell?? Vão cuidar da vida de vocês urubus deseprezíveis, e ao invés de procurar defeitos nos outros vão procurar e admirar suas próprias qualidades. Vocês comentando que eu sou isso ou aquilo depreciativo não vão fazer com que fulanos e ciclanos leiam o comentário de vocês e deixem de gostar de mim. E muito menos fazer com que eu mesma deixe de me amar. Então é big fail pra vocês.

Desculpem o desabafo, e também esse tipo de assunto não tem muito a ver com o conteúdo do blog. Mas eu precisava expressar isso que estava entalado em minha garganta a muito tempo.

Esse post não foi escrito com intenção de debate. Por isso, não perca o seu tempo (e principalmente o meu) deixando comentários dando sua opinião julgadora retrógrada ou filosofia hater furada pra falar mal de mulheres corajosas e livres, pq eu não me importo e nem vou responder o que escreverem contra esse meu pensamento. Vocês tem a liberdade de se expressarem e eu tenho a de ignorar.


i’m not your bitch don’t hang your shit on me!

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esse post é dedicado a todas as pessoas que vivem julgando o meu modo de vestir.

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